Em qualquer trabalho criativo é essencial ter um processo atrelado aos seus entregáveis.
Porque através de um processo é possível compreender os erros e pontos de melhoria.
Imagino que todo profissional criativo quer estar em melhoria constante. Isso proporciona maior qualidade dos entregáveis e maior valor que esse profissional pode cobrar por eles.
Por conta disso, decidi compartilhar com você a minha visão sobre processos, pontuando as principais ferramentas que integram às fases do processo.
Entretanto lembre-se: o conteúdo que estou prestes a compartilhar não é uma verdade absoluta, mas um compilado da minha série de estudos sobre Design.
E não há assunto melhor para introduzirmos ao tema do que Design Thinking.
Design Thinking
Já tenho um artigo completo explicando sobre “a forma como designers pensam”.
Mas para te dar um contexto, vou fazer um breve resumo…
Essa abordagem ficou muito popular por conta de empresas como IDEO que trouxeram a presença do designer para liderança estratégica da empresa.
Pensar como um designer, segundo essa abordagem, significa aumentar a eficiência e competitividade organizacional através de um pensamento híbrido.
O que entendemos como “humanas” e “exatas”, podem estar juntas em uma mente através do raciocínio abdutivo.
Segundo alguns autores, pensar como um designer é trazer à tona o pensamento intuitivo (em busca de maior criatividade) e o pensamento analítico (em busca da redução de riscos).
Coloque uma pitada de experimentação e iteração, e temos o design thinker.
Fases de um processo
Alguns teóricos documentaram as fases de um projeto de Design de diferentes formas.
Fazendo uma pesquisa rápida você consegue encontrar nomes como Baxter, Bonsiepe e Vieira.
Mas eu vou te trazer um compilado das ideias de Cavalcanti somada à maneira como eu enxergo os meus processos.
E o resultado disso são 4 grandes etapas que permeiam o processo de desenvolvimento de um projeto de Design. São elas:
- Entender
- Definir
- Idealizar
- Prototipar
Na teoria de Cavalcanti, existem mais duas etapas além dessas. São elas:
- Observar
- Testar
Resolvi deixá-las de lado nesse primeiro momento para dar exemplos mais tangíveis para o Design gráfico.
Vamos para as etapas?
1- Entender
Assim como a ideia geral das fases de desenvolvimento de projeto no Design Thinking, entender o problema é o momento inicial.
Antes de qualquer coisa, é necessário compreender o solo no qual se está pisando.
Para um designer não pode ser diferente.
Nem “todos os caminhos levam à Roma”, pois para saber como resolver um problema, é importante ter consciência sobre o problema que precisa ser resolvido.
Podemos pensar de duas maneiras para concluirmos essa etapa: através da imersão preliminar e imersão profunda.
Em outras palavras, estou me referindo à uma pesquisa indireta e direta, respectivamente.
Imagine o seguinte: você está desenvolvendo um projeto de identidade visual para uma marca. É necessário buscar informações tanto sobre a própria marca como também sobre o universo em que ela atua.
Ambas as formas são válidas, e nenhuma é melhor que a outra, mas complementares.
E para te ajudar com isso, existem duas ferramentas muito úteis.
1.1- Briefing
É a matéria-prima de todo trabalho criativo.
Através dele é possível tangibilizar os objetivos de um projeto. Mas não só isso, também é possível ter um material de consulta durante todo o desenvolvimento.
O briefing pode ser o passo inicial para uma imersão profunda, pois a partir dele que temos insumos o suficiente para entender melhor sobre o projeto.
1.2- Pesquisa
Outra ferramenta que ajuda na compreensão do projeto são as pesquisas.
Você pode usar a internet para pesquisar, seja para entender aspectos específicos de um nicho, conhecer as características da concorrência ou capturar alguns padrões de comunicação das mensagens similares.
2- Definir
Nessa etapa, o foco está no problema, porém a partir de um aspecto-chave.
Quando você fez sua pesquisa, foram gerados vários dados a partir disso, mas agora é hora de analisar e sintetizar.
Nem todas as informações serão úteis para o desenvolvimento do projeto. Algumas podem dar origem a outros dados enquanto algumas informações precisam ser descartadas.
E para ajudar na conclusão dessa etapa, separei duas ferramentas muito úteis.
2.1- Mapa conceitual
Para escrever este artigo eu criei um mapa conceitual. Para preparar minhas lives, eu crio um mapa conceitual. Para os meus projetos eu crio mapas conceituais.
O objetivo desse documento é armazenar, organizar e conectar informações adquiridas na etapa anterior.
E diferente do mapa mental, aqui nós vamos criar relações entre as palavras-chave ou frases, com o propósito dar coesão às informações.
2.2- Painel Semântico
Esse painel, também conhecido como moodboard, possui a essência visual de um projeto.
Imagens, cores, vídeos, sons e texturas contemplam o painel semântico, por isso ele pode ser entendido como “painel do humor”.
É muito útil para avaliarmos o caminho do projeto antes de começar o desenvolvimento propriamente dito.
3- Idealizar
As próximas etapas são compreendidas dentro do espaço “solução”. Nas etapas anteriores, falamos muito sobre o problema, e agora vamos colocar a mão na massa para criar.
A principal ferramenta na etapa de idealização é a geração de alternativas.
É o momento onde você vai pegar tudo que pesquisou, analisou, compilou e definiu para transformar em possibilidades.
Eu recomendo que utilize uma folha de papel e caneta ou lápis para essa tarefa porque esses materiais permitem maior liberdade criativa.
Seu objetivo vai ser alcançar a qualidade através da quantidade. Explore o máximo de possibilidades possível, sem medo e sem julgamentos.
4- Prototipar
Por fim, entramos na etapa de execução da ideia.
Você percebeu que passamos por várias outras etapas para enfim chegarmos aqui?
Muitos designers erram por levar em consideração apenas essa parte. Talvez por ser mais divertido, ou talvez por ter uma relação forte entre o problema e a solução desenvolvida.
Mas a prototipação precisa ser fruto de muito bagagem de informações para que o seu trabalho aqui seja o mais eficaz possível.
E as ferramentas necessárias para cumprirmos essa etapa, eu tenho certeza que você já conhece e usa diariamente.
São softwares como:
- Illustrator
- Photoshop
- Figma
- Affinity
- etc.
Conclusão
Como eu te falei no começo, essas etapas, organizadas nessa ordem, não são regra suprema do universo do Design.
A única coisa imprescindível é que você crie um processo bem definido. A ordem não precisa ser engessada, mas precisa ter um comportamento que você entenda e possa melhorar à medida que desenvolve novos projetos.
Espero que tenha curtido essa conteúdo, nos vemos na próxima!
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