Existem conhecimentos e ferramentas por trás de um site de sucesso que são responsáveis por aumentar a retenção de visitantes, melhorar as taxas de conversão e expressar com maior qualidade a identidade de uma marca. E este é o objetivo de qualquer designer de interface.
Neste artigo, não vou ensinar a fórmula para um site de sucesso, mas quero bater um papo com você sobre a profissão: designer de Interface.
Não sei se você sabe, mas no período em que escrevo este artigo, sou designer de Interface em uma das 5 melhores agências do país segundo a Resultados Digitais. Lá, junto ao time de projeto, sou responsável pela arquitetura e estratégia dos sites.
E graças a esse background, aprendi lições que podem ser muito úteis para outros designers, principalmente àqueles que focam 100% no design gráfico.
Mas qual o problema do Design Gráfico?
Calma, não existe um problema intrínseco ao Design Gráfico, mas houve um desencontro de objetivos entre mim e a profissão.
O motivo de investir grande parte do meu tempo em estudos de Design Digital, e até mesmo o Design alinhado ao Marketing, é a busca por resultados e números que apoiem o crescimento.
O principal limitador do Design Gráfico é a falta de dados que retornem em números de melhoria. Um designer gráfico não sabe se um impresso performou bem ou qual o resultado, em números, que seu trabalho retornou.
E por conta desta dor, eu quero apresentar a você, sobretudo que trabalha com Design Gráfico, o maravilhoso mundo do Design de Interface.
Conhecimentos fundamentais
Eu considero que são necessários dois conhecimentos fundamentais para lidar com Design de interface. E é claro que você também precisa aprender uma série de princípios do design visual e entender um pouco de comportamento humano, mas nesse primeiro momento, vamos falar sobre os conhecimentos fundamentais.
1- Arquitetura de informação
Essa é uma prática, para alguns arte, de organizar as partes de um todo com o objetivo de torná-lo compreensível.
No Design de Interface, é crucial ter conhecimento sobre como tratar as informações, e além disso, estruturar de maneira lógica e que auxilie o usuário a achar o que ele está procurando.
Em um momento futuro, quero dedicar um artigo exclusivamente para este tema, acho que vai ajudar muito!
2- Jornada do usuário
Diz respeito a história contada acerca da relação de uma pessoa com um produto ou serviço.
Quando eu falo de jornada na criação de interfaces, digo especificamente sobre o entendimento dos passos que um usuário faz em um site, sistema ou aplicativo, entendendo seu nível de maturidade ou a relevância de determinado assunto em momentos específicos do site.
Dominando este conceito, as taxas de conversão do seu site só tendem a crescer!
Passos cruciais
E agora que já possuímos a capacitação conceitual para lidar com as informações de um site e a jornada de um usuário nele, vamos para os passos cruciais na estrutura, isto é, pesquisa e documentação.
1- Pesquisa
No meu dia-a-dia, costumo utilizar três objetos de pesquisa para estruturar um site: cliente, concorrente e similar.
O primeiro tipo de pesquisa, também conhecida como briefing, é direcionada a entender quem é o cliente, qual o seu objetivo e expectativas. Além disso, uma série de perguntas acerca dos seus produtos ou serviços.
Neste Briefing, eu também capto informações sobre quem são os concorrentes, que já se torna insumo para meu próximo objeto de pesquisa, onde pontuo seus pontos positivos e negativos, além de outras observações.
A partir de algumas palavras-chave que eu e o cliente apontamos, faço uma pesquisa que chamo de pesquisa de similares. Nela, busco mercados equivalentes (à nível de comunicação e desafios) para construir uma base de insights relevantes.
2- Mapa do site
Também conhecido como sitemap, o mapa do site é uma ferramenta fundamental para compreender o escopo de um projeto de site, sistema ou aplicativo. E muito mais do que isso, nos ajuda a enxergar momentos da jornada do usuário onde é mais conveniente inserir determinadas informações ou chamadas para ação.
E só nesta ferramenta, já conseguimos aplicar os dois conhecimentos fundamentais que falei acima.
O mapa do site norteia inúmeras decisões, e ao meu ver, é a principal ferramenta para estrutura de um site, pois a partir dela é possível discutir escolhas sem pagar caro por alterações, aliás, basta mover um item de um lado para o outro ou simplesmente removê-lo facilmente.
Conclusão
O que acabei de te falar são passos bem iniciais, porém, muito importantes para conhecer os desafios da profissão, que em resumo são validar a disposição e coerência das informações e a pertinência delas a partir da jornada do usuário.
Pensar de maneira estratégica nas etapas mais iniciais de um projeto é uma prática muito importante, pois garante o aumento da qualidade do seu trabalho
E além do que te falei neste artigo, existem passos operacionais mais a frente, mas vou deixar para falar sobre eles em outro momento.
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Design da interface do usuário: o que é e quais seus conhecimentos básicos publicado primeiro em: https://www.designerd.com.br/